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Mostrando postagens de 2011

Feliz Ano Decente

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E o ano vai acabando e uma situação me incomodou, tanto que resolvi escrever. Falar mal é fácil, criticar é prazeroso, até porque matéria-prima não falta, mas sinto a necessidade de dizer que esse ano foi atípico. Teve Reitor que deixou o posto após um admirável movimento estudantil, deputados estaduais pegos em esquemas milionários e o presidente da Assembléia (Legislativa ou de Deus, você escolhe) se escondendo sabe Deus onde pra não ser preso. Sem esquecer dos sete (por enquanto) Ministros que caíram por corrupção ou por medo de serem descobertos. Nós não estamos vivenciando uma época mais corrupta, mas sim um período em que as máscaras estão caindo. Nossa geração não quer ser conhecida como um povo pacífico, acomodado, tranqüilo. Um povo que evita confusão, que vê e se contenta com o que rouba, mas faz. Essa mudança no âmbito estadual deve-se muito as manifestações dos estudantes, a evolução ainda que lenta da educação superior, de alguns raros jornalistas que não se vendem

Atendimento: o calcanhar do negócio - Parte II

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É óbvio que nossa cidade passa por um crescimento econômico que acarreta numa série de incômodos: o trânsito ruim, o tempo que parece diminuir já que o ritmo aumentou, as vagas nas escolas, as filas no supermercado, etc.  Nessa correria do dia-a-dia nos falta tempo para o lazer e quando chega o fim de semana buscamos espairecer a mente com atividades que fujam da mesmice. Pois bem, fim de semana passada eu e alguns amigos resolvemos sair para pescar, o que na verdade é uma desculpa para nos reunirmos e fomos ao Salsalito. Chegamos lá, pagamos a entrada, fomos ao restaurante fazer um pedido e ouvimos a mesma explicação 500 vezes: se o consumo não for feito no prazo de 02 horas o valor será perdido. Fomos até o carro, pegamos a cerveja e nos preparávamos para pescar quando vem o Sr. do Restaurante com cinco pedras na mão gritando que não pagaria para entrarmos com bebida, que era proibido, que havia uma placa enorme dizendo isso (mas que sinceramente não vi, já que anteriormente

Justiça

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Um dia desses conversando com amigos sobre a Líbia. Mais uma vez vai parecer que eu estou dando uma de “Advogado do Diabo” (o Keanu Reeves que me perdoe). O povo quer provar que o líder de tantos anos é um ditador frio que manipula o povo e as riquezas naturais de seu país em benefício próprio. Concordo. Daí entra um país que vive disposto a ajudar os menos favorecidos e fornece armas, suprimentos, medicamentos e tudo mais para os “Rebeldes”. Da última vez que libertaram um povo, disseram que o país tinha arma de destruição em massa e intenção de usá-las, nada comprovado e o Saddam teve um julgamento justo e imparcial, embora no final tenha ficado com a corda no pescoço, coincidentemente o Iraque é um país muito rico em petróleo, assim como a Líbia. Façamos vista grossa para questão financeira, reconstrução, petróleo, acreditemos que os motivos dos EUA foram puramente para fins de libertação, a sonhada democratização que livra os escravizados. Após dias de busca, finalmente os insurg

A morte

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A morte de fato é o episódio mais certo na vida de uma pessoa e mesmo assim, teimamos em não querer vê-la. É uma situação inusitada, triste e incompreensível, a morte. E quando ela chega próximo, traz uma dor quase que insuportável, pelo menos no curto espaço de tempo. Teimamos em aceitá-la, culpamos Deus ou o diabo, mas o fato é que ela vem. Semana passada morreu Steve Jobs, cheio da grana, 56 anos (muito abaixo da expectativa de vida norte-americana), e ela chegou, abraçou e o levou embora. Um amigo perdeu um ente querido também nessa semana e me perco na dúvida do que fazer, algo para amenizar a dor, o que fazer? Nada mais clichê que: Meus pêsames, uma palavra que é muito usada e pouco compreendida. Nada mais perigoso que: Ela está num lugar melhor, o egoísmo nos faz querer sempre as pessoas amadas ao nosso redor, então tentar consolar com a possibilidade do paraíso, no meu modo de ver, pode ser um tiro no pé (embora eu acredite, só acho que pode ser revoltante para quem escuta). N

A religiosidade que aparta, sufoca e reprime

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Eu acredito que o segredo da boa convivência é aceitar a diversidade do ser humano, apesar de eu ter muita dificuldade, principalmente em aceitar os radicais. Um dia desses ouvi alguém comentar sobre um desses absurdos que acontecem no mundo de hoje: foi um pai que jogou um filho da janela de um apartamento, um policial que atirou num cidadão indefeso ou um bêbado que atropelou pessoas inocentes. Até aí tudo bem. Entretanto, de repente, escutei alguém dizer que a culpa era do diabo. Aquilo me deixou tão angustiado que resolvi entrar no assunto. E nossa maldade interior, o poder de decidir entre dirigir embriagado ou pegar um táxi, o entendimento de que minha filha indefesa é o meu bem mais precioso e, portanto, devo protegê-la e não matá-la, mas acabo escolhendo a pior alternativa? De quem é a culpa?  Povero Diavolo. Daí veio a pérola: As pessoas não buscam a proteção de Deus e, portanto, estão vulneráveis à ação do mal. Se for uma família que ora, busca e jejua esse tipo de tragédi

Nossos heróis regionais

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E já vai começar a movimentação para as eleições 2012 e alguns hábitos reaparecem em novas caras. Há alguns anos atrás começou a surgir na mídia local um gerente de uma concessionária que faltava fazer milagres nas propagandas, o cara enfrentava água, terra, fogo e ar para vender carros novos.  Até aí tudo bem, o que me chamava à atenção era a exposição demasiada de um gerente, muitas vezes aparecendo mais que a própria empresa. Conclusão: Pré-candidato a prefeitura de Porto Velho. Mas isso é algo praticado há muito tempo. Alguém pelo amor de Deus me explique o que significa um Deputado Federal que pede ajuda as famílias carentes de Porto Velho e Candeias do Jamary? Seria mais interessante que ele ocupasse o tempo ocioso pensando em alguma forma de melhorar a vida da população com projetos que beneficiassem todos, mas isso geralmente não ganha votos. Chorar junto com uma velhinha que não tem nada ou com uma mãe de oito filhos que depende do Programa Bolsa Família para se alimentar

Foi o cão

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Recentemente, um assunto entrou em pauta na nossa amada capital Rondoniense: a presença do “ Diabo ” em uma casa de show da zona Sul. Pois bem, eu esperei , esperei e esperei, mas o assunto não morre (o assunto é imortal desde sempre). Acabei recebendo novos detalhes do caso, através da minha mãe e isso me deu o gás necessário para enfim falar sobre o ocorrido. Pra quem não sabe, o capiroto apareceu no “Papo de Skina” num fim de semana desses e dançou com algumas mulheres, sendo que a última teve o desprazer de derrubar o chapéu do cramunhão, expondo seu chifre. As pessoas começaram a gritar ensandecidas enquanto o Pai da mentira correu pra se esconder no banheiro. A pobre dançarina enlouqueceu e foi internada na ala psiquiátrica do Hospital de base e conforme informação da minha mãezinha (que trabalha em um hospital da nossa cidade, por isso teve a informação privilegiada), veio a falecer na semana passada. Quem seria essa mulher? Ninguém sabe. Quem estava no local? Eu não c

Preconceito e Racismo

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A entrevista do Deputado Jair Bolsonaro no CQC gerou grande polêmica. Depois de ser questionado pela Atriz/Cantora Preta Gil sobre o que ele faria caso seu filho viesse a namorar uma negra, o mesmo respondeu que não corria esse risco, pois seus filhos haviam sido bem criados. Após o fato lamentável o mesmo disse que não entendeu a pergunta e achou que Preta Gil havia se referido a gays e não negros. Pois bem, de qualquer forma a opinião dele é bem radical, mas venhamos e convenhamos, qual pai heterossexual gostaria de ver seu filho se atracando com um barbudo? Ah, mas é preciso respeitar a opção sexual dos outros!! Mas a opinião pessoal do cara, não precisa ser respeitada e se não queriam saber, porque perguntaram? É certo que boa parte da polêmica gira em torno do fato do Deputado ser contra as cotas raciais, mas pelo amor de Deus, o que é mais racista que determinar uma quantidade X de vagas para negros. Todos com o mesmo nível de capacidade intelectual, seres humanos perfeito

As marcas do passado

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Desde o começo, não queria postar textos alheios, mas essa parábola define bem minha visão sobre o passado,  segue abaixo: Havia um filho rebelde que sempre decepcionava seu pai. Certa vez esse pai pegou uma tábua de madeira e decidiu que daquele momento em diante toda vez que esse filho o decepcionasse ele cravaria um prego na tábua.  Passado um tempo depois, já haviam vários pregos cravados na madeira, quando seu filho questionou.  -Pai, porque o senhor prega esses pregos nesta madeira? O pai então lhe respondeu, dizendo que cada prego correspondia a uma decepção causada pelo filho. Foi quando o filho lhe fez uma proposta: -Pai, então vamos fazer um acordo. Eu deixarei de decepcionar o senhor. E passarei a me esforçar para ser motivo de orgulho para o senhor. Então cada vez que eu o orgulhá-lo o senhor retira um prego da tábua, tá bem? O pai então concordou com o filho, e assim ficou acordado. Passado algum tempo, o filho perguntou ao pai sobre a madeira, que não viu mais. O

Vida de cão

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Eu sei que a mídia faz de tudo pra chamar a atenção, e esse é o papel dela. Embora a catástrofe no Japão seja um assunto sério, trágico, morte, pessoas desaparecidas, a nova Chernobyl, isso tudo é muito comovente, mas chega uma hora que ninguém mais agüenta ouvir falar nisso. Alguém percebeu isso e eis que a mídia mudou o foco, o cachorro Pimpo. Por um descuido de uma empresa de transporte aéreo, o cachorro escapou no terminal de passageiros do aeroporto de Porto Alegre. Já se passaram duas semanas, o cachorro foi achado vivo (droga, se tivesse morto, o assunto já estaria enterrado) e até agora a mídia não larga a velhinha dona do pulguento. Daí eu penso, será que um bicho de estimação tem mais importância que as muitas crianças que desaparecem todos os dias no Brasil. Nos EUA (e olha que nem gosto muito deles) existe o plano de alerta AMBER, sempre que uma criança desaparece, é veiculada em rede nacional uma foto dela, afim de que se a mesma tiver sido raptada, o criminoso sinta-

Atendimento: o calcanhar do negócio

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Para ser sincero, reclamar do atendimento no comércio de nossa capital é como regar flor no deserto. Vou relatar três experiências pessoais para que fique bem exemplificado: Na loja de sapatos Precisava muito comprar um tênis, haviam três vendedores "disponíveis", uma moça, um rapaz que parecia uma moça e uma senhora. Entrei, olhei, escolhi o tênis e esperei mais ou menos uns cinco minutos para ser atendido e como os três estavam num bate-papo muito interessante (acredito que algo relacionado a batons, sapatos, brincos e afins), ninguém percebeu minha presença no estabelecimento, até que de tanto esperar, o gerente percebeu minha paciência e veio me atender, conversou com o rapaz/moça que me atendeu como se meu sobrenome fosse Hitler. Comprei o tênis e fui embora, mais espantado do que aborrecido. Nos postos de gasolina A audição não é meu sentido mais aguçado, tenho que admitir, sou meio surdo, mas o que me aborrece nos postos de gasolina é a dificuldade dos frentist

Só pra ver como é...

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Então meus caros amigos, hoje estou aqui só pra testar mesmo, adicionar alguns blogs de amigos pá... Sinceramente com muita vontade de falar mal de algo, mas hoje estou empolgado, e isso não é bom... Um dia daqueles em que você acorda e se ouvir um pássaro cantando, joga uma pedra na cabeça da pobre e indefesa criatura de Deus. Não sei se é normal acordar assim, mas acontece de vez em quando comigo. Então deixa pra lá, vou ver se consigo escrever amanhã ou depois, falar algo útil ou simplesmente aceitável. Então até mais.