Atendimento: o calcanhar do negócio - Parte II
É óbvio que nossa cidade passa por um crescimento
econômico que acarreta numa série de incômodos: o trânsito ruim, o tempo que
parece diminuir já que o ritmo aumentou, as vagas nas escolas, as filas no
supermercado, etc. Nessa correria do
dia-a-dia nos falta tempo para o lazer e quando chega o fim de semana buscamos espairecer
a mente com atividades que fujam da mesmice.
Pois bem, fim de semana passada eu e alguns
amigos resolvemos sair para pescar, o que na verdade é uma desculpa para nos
reunirmos e fomos ao Salsalito. Chegamos lá, pagamos a entrada, fomos ao
restaurante fazer um pedido e ouvimos a mesma explicação 500 vezes: se o
consumo não for feito no prazo de 02 horas o valor será perdido. Fomos até o
carro, pegamos a cerveja e nos preparávamos para pescar quando vem o Sr. do
Restaurante com cinco pedras na mão gritando que não pagaria para entrarmos com
bebida, que era proibido, que havia uma placa enorme dizendo isso (mas que
sinceramente não vi, já que anteriormente meu amigo havia entrado com sua
própria bebida) e que havíamos agido de má fé pois o consumo era para quem iria
almoçar no local. Essa conversa toda foi um monólogo, não houve espaço pra
réplica, coube a nós perguntar se poderíamos nos retirar do local com devolução
do dinheiro. Com a resposta positiva, saímos do local dispostos a nunca mais
retornar.
O que eu não entendo é o porquê dessa ignorância toda.
Não seríamos nós a razão do negócio existir? O cliente não é de fato a parte
mais importante numa relação comercial? Eu já entro num estabelecimento com a
certeza do tratamento ruim, um tratamento digno me surpreende e me sinto um Rei
quando sou recebido com um sorriso nos lábios. Tudo isso deveria ser corriqueiro,
mas além de ser um diferencial, é pouco usado. Para os comerciantes despreparados fica uma frase de San Walton, fundador do Wal-Mart:
“O cliente
é tão importante que pode demitir todo mundo em uma empresa, desde o presidente
até o mais humilde funcionário. Basta fazer uma única coisa: não comprar.”
Putz! Essa foi foda!
ResponderExcluirCara, ele deveria estar preparado pra situação. Aposto que não foi a primeira vez que isso aconteceu. Mas a ideia é essa mesmo, não financiar mais esse tipo de atendimento.
Também já escrevi um texto sobre o mau atendimento a que nos é dispensado em Porto Velho. Há lugares até que me recuso a voltar, mas vou te dizer uma coisa, agora morando em Ariquemes, percebo que o problema aqui é infinitamente, imensuravelmente pior. Complicadíssimo o atendimento aqui, as pessoas são muito "descansadas". Zeus me livre. Quando o comércio vai ENTENDER que não estamos pedindo favor?
ResponderExcluirVai demorar um pouco. Eu geralmente creditava o mau atendimento ao "excesso de vagas" disponíveis no comércio da capital. Se eu atendo mal e sou mandado embora, arrumo outro trabalho facilmente, mas para mim essa não era uma realidade no interior (não o que eu conhecia). As pessoas disputavam a tapas uma vaga de vendedor de confecções e passavam 10 anos trabalhando e atendendo bem. Pena que a praga do mau humor e da apatia já se espalhou por aí.
ResponderExcluirSim, está uma coisa de louco e aqui o que espanta, além do mau humor de alguns é o descaso mesmo, de se chegar no balcão e esperar a boa vontade de alguém para atender, às vezes é preciso chamar 2 ou 3 vezes. Aconteceu inúmeras vezes comigo aqui. É espantoso. Estou com um sério problema com a Oi, até hoje não instalaram minha internet por atendimento feito de qualquer jeito, mas agora vou resolver só ano que vem...
ResponderExcluirPs.: Você não pretende postar nada sobre o caos político do Estado?
Eu até pretendo escrever, mas acredito que textos longos sejam cansativos. aheuuaehae.. São tantos assuntos: A questão da UNIR, os deputados estaduais com inveja dos ministros e caindo igual fruta podre, o governador sendo criticado até pelos membros do partido, deputado federal que larga o osso mas ganha um bife, pré-candidatos a prefeitura com moral questionável. Vamos ver né, se eu tiver tempo e coragem pra falar mal de tanta gente. Se não nos falarmos até lá, boas festas pra você.
ResponderExcluir