Atendimento: o calcanhar do negócio

Para ser sincero, reclamar do atendimento no comércio de nossa capital é como regar flor no deserto. Vou relatar três experiências pessoais para que fique bem exemplificado:

Na loja de sapatos

Precisava muito comprar um tênis, haviam três vendedores "disponíveis", uma moça, um rapaz que parecia uma moça e uma senhora. Entrei, olhei, escolhi o tênis e esperei mais ou menos uns cinco minutos para ser atendido e como os três estavam num bate-papo muito interessante (acredito que algo relacionado a batons, sapatos, brincos e afins), ninguém percebeu minha presença no estabelecimento, até que de tanto esperar, o gerente percebeu minha paciência e veio me atender, conversou com o rapaz/moça que me atendeu como se meu sobrenome fosse Hitler. Comprei o tênis e fui embora, mais espantado do que aborrecido.

Nos postos de gasolina

A audição não é meu sentido mais aguçado, tenho que admitir, sou meio surdo, mas o que me aborrece nos postos de gasolina é a dificuldade dos frentistas em aceitar que um motociclista possa colocar mais de R$ 10,00 de combustível. O diálogo é mais ou menos assim:
  • Bom dia, gasolina? (Não, querosene).
  • É sim, gasolina (até porque minha moto não é tão nova, bem antes dessa moda de moto flex).
  • Quanto?
  • R$ 20,00.
  • R$ 20,00????
  • É, R$ 20,00!!!!!
Por que será que eu não posso colocar R$ 20,00? Eu não gosto de passar no posto todos os dias, então eu coloco R$ 20,00 para evitar a fadiga. Se duvidam, façam o teste, peguem uma moto e tentem colocar R$ 20,00 de gasolina, vai ser complicado não te questionarem.

No escurinho do cinema
Comprei os ingressos e me dirigi a fila da pipoca. Usualmente as atendentes gritam: O próximo, mas na minha vez fui chamado por um balançar de cabeça, me aproximei dela e esperei que me perguntasse o que queria e ela esperando eu pedir logo. O silêncio constrangedor durou uns 10 segundos, até que me toquei e pedi. Para meu espanto, ela não era muda, quando me entregou a pipoca e o refrigerante olho nos meus olhos e disse: R$ 12,00. A pipoca estava boa, o filme também.
Algo tem que ser feito para que se mude o sistema.

Comentários

  1. É complicado!

    Sair pra comprar um sapato anda mais estressante que ir ao banco, prefeitura ou Receita Federal.

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  2. Parece que rolou um flerte com a moça da pipoca...
    silêncio constrangedor, olho no olho, hum...
    Esse Chumbinho é rápido no gatilho (se me permite o gracejo).

    Tá massa, cara. Ficou uma espécie de crônicas do cotidiano. Mas acho que ainda falta sentir com mais profundidade (sem maldade): pôr mais ódio, amor ou humor. Se é que é essa a idéia.
    Abraço

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  3. kkkkkkkkkkk, Gostei do segundo comentário, porém só do segundo parágrafo, o primeiro não, aliás que papo é esse de flerte? aoeiiaeu. rumm ¬ Meninos meninos, mais sarcásticos que vocês, nem o TOM CAVALCANTI. aoeiuehauio ;*

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  4. Concordo também, a ideia é justamente essa... mas acredito que seja normal não colocar profundidade no primeiro post, não? Profundidade de primeira, assusta. Mas valeu o conselho, de agora pra frente serei mais contundente.

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