Tá legal, tudo bem...

O Brasil sempre foi conhecido por ser um país pacífico, fato que pelo visto mais atrapalha que ajuda.  Essa semana três brasileiros foram queimados por “cidadãos” bolivianos por serem suspeitos de matar outros dois numa negociação mal sucedida na cidade de San Matias, divisa da Bolívia com o Brasil.

Quando Evo Morales assumiu a presidência, nacionalizou algumas empresas estrangeiras que se encontravam em solo boliviano, inclusive a brasileira Petrobrás. O governo brasileiro aceitou a negociação da forma que eles propuseram e ficou por isso mesmo.

Em 2004 um piloto norte-americano foi detido por mostrar o dedo médio ao ser obrigado a se identificar perante autoridades brasileiras, exigência essa baseada na reciprocidade, visto que para entrar nos EUA a burocracia era a mesma.

Alguns pensarão que os brasileiros mortos não deviam estar em território estrangeiro fazendo negócios provavelmente escusos. Errantes ou não, não mereciam morrer daquela maneira. 

No caso do presidente Morales, talvez digam que a Bolívia e os bolivianos foram explorados pelos seus vizinhos mais ricos (inclusive o Brasil) por décadas e que foi uma reação tardia de um povo sofrido. Uma situação interessante é que os bolivianos que vem ao Brasil a procura de trabalho e prosperidade geralmente são explorados por outros bolivianos.

Quanto à atitude do piloto, creio que foi simplesmente algo impensado de um sujeito exaurido. Mas o fato é que ele não gostou de ser tratado aqui da mesma forma em que nos tratam lá.

A xenofobia é algo totalmente inaceitável e não é isso que sugiro nesse texto. O que eu gostaria é que fossemos tratados da mesma forma que tratamos. Na pior das hipóteses acredito que deveríamos ser menos “bonzinhos”. Ser bom não é ser resignado.